Martelo
Quando a porta não bate em meu quintal,
Meu final, sem parede ou sem resumo,
Faz do sumo, sublime em meu consumo,
Outro rumo a morrer sem meu sinal.
Vejo o mal que não bate à minha bota,
Feito cota e esquina tão antiga.
E a cantiga da outrora rapariga,
Se desliga do mal que de mim brota.
A fé lota o que sobra de verdade...
Feito abade eis que ordeno outra saída,
Desta vida de morte mal dormida,
Tão ferida a sofrer nesta cidade.
Feito jade no verde espaço além,
Sou alguém a tentar dizer amém.