Adeus de Vinícius de Moraes
No agitar do lenço branco a despedida
Da deslumbrante terra amiga - de quimeras
Ai, quantas lágrimas caíram, quem me dera
Ouvir ainda doces embalos da vida!
Ouvir o choro repicado da viola
E o batuque do pandeiro lá no alto
Sentir os passos das mulatos no asfalto
E os requebrados do meu samba na escola!
E vejo longe... no horizonte... vai sumindo
Essa paisagem e se confunde com o mar
Deixando cá meu coração descompassado
Num choro morno, entre lágrimas extinguindo
As mãos num aceno para nunca mais voltar
À bela terra esse sambista naufragado!