Adeus de Vinícius de Moraes

No agitar do lenço branco a despedida

Da deslumbrante terra amiga - de quimeras

Ai, quantas lágrimas caíram, quem me dera

Ouvir ainda doces embalos da vida!

Ouvir o choro repicado da viola

E o batuque do pandeiro lá no alto

Sentir os passos das mulatos no asfalto

E os requebrados do meu samba na escola!

E vejo longe... no horizonte... vai sumindo

Essa paisagem e se confunde com o mar

Deixando cá meu coração descompassado

Num choro morno, entre lágrimas extinguindo

As mãos num aceno para nunca mais voltar

À bela terra esse sambista naufragado!

Thales de Athayde
Enviado por Thales de Athayde em 11/07/2007
Código do texto: T560122
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