Para Perséfone
A tua refinação lúdica secou
Num soslaio lírico que morria
Numa procela de sentimento sofria
Do amor diáfano que não esgotou.
No teu querer um homem vil injetou
Um arrebatamento tácito trairia
A vereda cálida da tua sabedoria
Na atmosfera do estro executou.
Uma melodia rítmica de sons quentes
O começo surreal dos padecimentos
Numa logomaquia imperial da mente.
As deusas do Olimpo no sacramento
Vida lôbrega do poeta tão descrente
Taciturna deusa infernal do tomento.
DR FLYNN