Para Perséfone

A tua refinação lúdica secou

Num soslaio lírico que morria

Numa procela de sentimento sofria

Do amor diáfano que não esgotou.

No teu querer um homem vil injetou

Um arrebatamento tácito trairia

A vereda cálida da tua sabedoria

Na atmosfera do estro executou.

Uma melodia rítmica de sons quentes

O começo surreal dos padecimentos

Numa logomaquia imperial da mente.

As deusas do Olimpo no sacramento

Vida lôbrega do poeta tão descrente

Taciturna deusa infernal do tomento.

DR FLYNN

Dr Flynn
Enviado por Dr Flynn em 11/07/2007
Reeditado em 11/07/2007
Código do texto: T561182