O beijo

Dentre todos os prazeres, o que eu elejo,

para conquistar, me entregar e sucumbir.

Sem mais propósito, esquecer-me do porvir...

Roubar de ti, os doces segredos do teu beijo!

Ballet frenético em línguas entrelaçadas,

evoluindo por mucosas jacobinas.

Esqueço o rumo e me deleito com a estrada.

Em tua boca, meu desejo peregrina.

Conter-te a nuca, no anseio por teus lábios...

De encontro aos meus sem pudores vãos, mas gáudio.

Que encanta e oculta, feito papel de parede.

Ora, direis... que tomei ao copo, o oceano!

Mas será libra ao intangível, o humano?

Só os que amam, sabem a que se presta a sede.

Fonseca da Rocha
Enviado por Fonseca da Rocha em 23/04/2016
Reeditado em 23/08/2017
Código do texto: T5613507
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