MATE-ME, Ó PECADO! - Poesia nº 60 do meu segundo livro "Internamente exposto"

Desta culpa que nunca mais se acaba,

Sou o mais triste dos viventes seres,

Vou definhando nela em meus prazeres

Num manto de céu negro que desaba,

A cada ano que a vida me transporta!

Por onde adentrou tal insanidade,

Não há em mim a cura da maldade,

Pois a ela meu destino se fez porta,

Pela cega volúpia a inocentes!

Fiz minha cova assim, a outro matando,

Na mágoa que este ser vai carregando!

Mate-me Deus! Por dores penitentes...

Não mereço o ar que estou respirando,

Já me aprontei pra morte a esperando...!

Eduardo Eugênio Batista

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Setedados
Enviado por Setedados em 27/04/2016
Reeditado em 12/09/2016
Código do texto: T5618579
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