DUELO DE TEMPESTADES - Poesia nº 62 do meu segundo livro "Internamente exposto"

No peito, o abandono pela ausência...

E a rodear-me tão embravecida,

Vejo uma nuvem bem enegrecida

A chorar tempestades em clemência!

Lá fora - o tempo em chuva desaba,

Estronda a terra - que a si mesma agride;

Por ela, hoje o meu amor já se divide,

Porque levo uma dor que não se acaba!

Deus! Fazei-me esquecer desta penúria,

Que o desgosto em mesma ira eu vejo,

Dois céus em desencanto e triste fúria...!

Que o tempo leve a reza e ela, meus beijos,

Se vós Deus, aceitar, sem ser injúria,

Que eu mate esse amor com seus relampejos!

Eduardo Eugênio Batista

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Setedados
Enviado por Setedados em 28/04/2016
Código do texto: T5618603
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