Soneto Imaterial

às margens caóticas dum derradeiro ciclo

tropeço feixes de um ente intangível

riacho da iris, sereno barco da luz visível

imagem, holograma, brisa fria do abismo

deste canto do tempo escondido

detrás do espelho vivo das miríades

guardião das dores de todas as verdades

movo os ventos milenares da cura do dolorido

agora, são azuis todos os meus níveis

e ainda o caos do pensamento vago atira-me

à emoção ávida da ventura do desatino

vago o submundo no rastro luminoso dum hino

e sigilo na egrégora nobre das deidades

a magnetização consciente desse destino!

Jady Tariane
Enviado por Jady Tariane em 12/05/2016
Código do texto: T5633761
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