Soneto do Desperdício

silencio as mãos e a boca e o grito

que vem do canto benigno das entranhas

atiçado no fulgaz brilho das tuas manhas,

arrasto o coração pela borda desse mito

pelos padrões ressonantes do conhecido

coreografo o recuo da impulsão mordaz

ante a lâmpada hipnótica que atrai e apraz

o doce alucinatorio de um mel proibido

o vicio evidente escorre para as valas

tento inutilmente reter todas as águas

na tortuosa tarefa de limitar o infinito

sangro cores pálidas da réstia da libido

que de tanto jorrar em vão perdem o viço

de serem mais quentes que todas as lavas

Jady Tariane
Enviado por Jady Tariane em 13/05/2016
Reeditado em 18/05/2016
Código do texto: T5634139
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.