Soneto da Resposta

presa fácil nas garras de um enigma

rastejo o chão desconfortável do cativeiro

como restos de pão que não saciam direito

arrisco, em vão, uma equação que o defina.

tropeço os pés da imagem, desprevenida

seu olhar pétreo ordena-me o torpor

e nos brios do encanto de seu louvor

arranca-me paixões como ímã!

esfinge, já devoraste quantos nervos cardíacos?

despistes quantas almas em teu eu afrodisíaco?

poupai à mim, amante leal das tuas lições!

versai e cantai teu mistério de estrelas

esvoaçai o véu para além das barreiras

regala-me o teorema secreto dos corações!

Jady Tariane
Enviado por Jady Tariane em 16/05/2016
Código do texto: T5637524
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