A mulher da sepultura

À morta-viva

Tua alma negra, és ferozmente adstrita...

Fitarás, no terror dos crânios duros,

Ah! Que adoras os céus finos e obscuros,

Já uma beleza mórbida te fita.

Com que o teu coração negro permita,

Bebes no gole sanguinário, em muros...

Que ali queiras morrer nos prantos puros,

Teu deleite voraz da ânsia maldita.

Com pus da pele entre a preciosidade

Dos teus momentos maus que um osso agrade

Para o teu salivar do odor potente.

Todas as larvas da vontade airosa

Co´o alimento sangrento e a alma amorosa,

Tu que ainda as amas, voluptuosamente.

Lucas Munhoz - (02/06/2016)

Lucasmunhoz
Enviado por Lucasmunhoz em 02/06/2016
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