Jardim dos arrependimentos

A noite longa por companhia,

tua ausência não é alforria.

Se a dor pesasse em libra,

sobre meus ombros, toda Coimbra.

Agora, que a mim se oferece tudo,

na mão vazia, não guardo nada.

Vivo de gritos mudos,

lembranças de outra estrada.

A culpa em mim floresce.

Só sei doar-me à vida,

onde você fenece.

Sou todo aceno de partida!

Jardim mórbido dos arrependimentos

Semeio palavras, as levam o vento.

Fonseca da Rocha
Enviado por Fonseca da Rocha em 08/06/2016
Reeditado em 11/08/2016
Código do texto: T5661034
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