soneto 101

Soneto 101

Duro outono o cerrado,  frio,  chuva

na folha  maltratada a poeira seca

no rancho,  o velho toca uma rabeca

veste a desolação,  nociva luva.

Espumas os ribeiros água turva

no lamento a roceira chora e peca

lascivo amor,  lembrança e alma sapeca

chora velha paixão hoje viva.

Outono: desfolhante nostalgia

das vidas solitárias,  noite fria

desesperado ao vento o pranto meu.

Cantam tristes os pássaros no morro

suplicam as paixões mortas,  socorro

no outono,  além das folhas perecem

04/06/2016

Leandro José Ferreira
Enviado por Leandro José Ferreira em 09/06/2016
Código do texto: T5662340
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