Cireneu

Andar trôpego e roto o vestuário,

Sem escapar gemidos ou lamentos,

Estropiado por tantos sofrimentos,

Ia o Cristo a caminho do Calvário.

De Cirene aparece um “voluntário”,

Impelido a prestar abrandamentos

Ao flagelado, que em flagelamentos,

Morre em cada momento solitário.

Ao contrário de ti, ó cireneu,

Ao prestar um serviço ao moribundo,

Socorreste assim o mundo inteiro.

Que lástima! Já que nem somente eu,

Mas, de gente vil enche-se o mundo,

Que seu umbigo apenas vê primeiro.

Aracaju Sergipe, 29/ 05/2016

Um Piauiense Armengador de Versos
Enviado por Um Piauiense Armengador de Versos em 11/06/2016
Reeditado em 11/06/2016
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