Arcos

A poeira da rua não calçada

Feito a sombra esquecida na lembrança,

Veste ainda meus pés como criança

Que é por suas pedreiras embalada.

Quanta cal salivei sem ter seu gosto,

Sem meu nome entalhado em sua praça.

Nada sou muito além que a própria caça,

Um seu filho a lutar lá no entreposto.

Pelas ruas passadas que passei,

Outras letras sozinhas pude ver.

Qual palavras em arcos a correr,

As segui nos caminhos desta lei.

A cidade que ainda sonho assim,

É de pedra, de povo e sonho enfim.

Para Arcos-MG, minha cidade natal, pelos 69 anos de emancipação.