PULSE

Ali podiam ser sem castrações,

despidamente ser em transcendência,

roçar de peles, plena efervescência

bailando em picos, grutas e vulcões.

Ali, somente ali, despudorados

e leves, desfrutavam liberdade

a salvo da mentira austeridade,

sem máscaras de anjinhos recatados.

Porém surgiu, dos túmulos do inferno,

ali, no paraíso da alegria,

um monstro condenado ao fel eterno.

E com aterradora sordidez,

dispara sanhas de ígnea hipocrisia

e o ódio mata o amor mais uma vez.

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 13/06/2016
Código do texto: T5666142
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