Espera...

Espera...

Esperarei em silêncio tua volta, escrita em branco

Da saudade que agora se torna pranto, ponto

Serão mas lentos os dias, não haverá cobranças

Fui tonelada, querendo ser pluma, choro calado

E nas goteiras do sentimento, fui puro, fui água

Que desagua no mar árido, da paixão terminada

Fui céu em luto, pela morte do amor desvairado

Fui arte, que se encontra, fui desastre por querer

Nas culpas, fui desculpa, sem coragem do novo

Nas linhas, entre linhas, do desespero de querer

Nas noites, frio que cega à alma desconforto

Nos dias, fui cuidado, apresado para amar

No fim, fui refugio, pelo desgaste, sem aste

No recomeço, fui amor que espera esse embate...

Edson Junior 15/06/2016