DE MADRUGADA

DE MADRUGADA

Enquanto tu dormias, eu velava.

Afastando maus sonhos e mosquitos,

Eu te ninei canções, rezei benditos

Para o mal passar logo e já passava.

Em claro, à noite escura atravessava...

Para não despertares mais aos gritos,

Cuidei de iluminar céus infinitos

D'estrelas que cantando te apontava.

Estou contigo aqui, na escuridão,

Em meio às sombras vãs da solidão

E à espera da luz clara do porvir.

Confia que te guardo o sono, criança.

Agora que teu corpo enfim descansa,

Velo para que tu possas dormir.

Betim - 05 11 2005