Ninguém dirá

Ninguém dirá que te desejo tanto

ao ver-me assim distante e pensativo,

nutrindo no meu ser um sonho santo

por ver que de sonhar agora eu vivo.

Ninguém dirá de mim que rio e canto

ou mesmo choro, e encontro um lenitivo

no riso, ou só no alento de meu pranto;

na chama deste amor que eu reavivo.

Ninguém dirá que te revelo o mundo;

um mundo todo meu, com alegrias

e tudo mais que exista de profundo;

Ninguém dirá que te dou os meus dias;

e dou-te um sentimento tão fecundo

e todo o bem-querer, que não querias...

Poeteiro
Enviado por Poeteiro em 05/10/2005
Código do texto: T56784