Pegasus
Vestindo este meu eu de antagonismo,
De sonhos muito mais que aleatórios,
De versos sem sinais contraditórios,
Espero no caminho o que mais cismo.
A volta do esperado ser gritante
Que amansa qualquer mar em desatino,
É sobra de outras marcas do destino,
Marcado a ferro quente em céu distante.
Bem mais que qualquer luta ou outra manha,
Serei neste meu eu um ser que chora.
Um ser que está perdido entre o agora
E além da ventania da montanha.
Pois já sou meu oposto e meu passado,
Que não sabe montar cavalo alado.