SONETO EM RETIRO

Quem dera, a saudade, que agora sinto

Da ausência de um alguém, fosse ilusão

E a mim e de mim apenas uma invenção

Eu seria no fado felizardo, e não absinto

Quem dera, este poema falasse de paixão

E fosse correspondido neste amor faminto

Pra cochichar doces versos que pressinto

E só pensa em você, e só pra te faz menção

Mas a realidade é que estás na distância

E a solidão comigo veio num oferecido

Me sufocando nesta saudade em questão

Mesmo para ti eu não ter mais importância

Serei sempre um devoto e comprometido

Por ti... Pois este amor vai além da razão.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

Junho de 2016 – Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 28/06/2016
Reeditado em 06/11/2019
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