NINAR

(Ao poeta Eduardo Rabelo)

De joelhos vim pedir o teu perdão,

Para poder seguir a minha vida;

Mesmo sabendo que esta despedida,

Nunca vai consolar meu coração.

Oh! Espelho de todas as meninas;

Belas, as tuas madeixas em tranças...

Adornada de flores e crianças,

Assim, inerte, não mais traquinas.

O mais penoso de todo este drama

Não é a "indesejada" que ora te chama

Mas, meu amor não poder fazer nada.

Ontem mesmo tu vieste me pedir:

- Mãe, cante uma canção para eu dormir...

Oh, filha! Devia ser eu aí deitada.

Misael Nobrega
Enviado por Misael Nobrega em 07/07/2016
Reeditado em 31/03/2024
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