NINAR
(Ao poeta Eduardo Rabelo)
De joelhos vim pedir o teu perdão,
Para poder seguir a minha vida;
Mesmo sabendo que esta despedida,
Nunca vai consolar meu coração.
Oh! Espelho de todas as meninas;
Belas, as tuas madeixas em tranças...
Adornada de flores e crianças,
Assim, inerte, não mais traquinas.
O mais penoso de todo este drama
Não é a "indesejada" que ora te chama
Mas, meu amor não poder fazer nada.
Ontem mesmo tu vieste me pedir:
- Mãe, cante uma canção para eu dormir...
Oh, filha! Devia ser eu aí deitada.