RUÍNA DE UM GUERREIRO
Da ruína moral que te rodeia
Com infame causa injustificada,
Vê-se em riste um gládio que só peleia
Sob o trom maldito da derrocada.
Alma miserável que então vagueia
Na tão deletéria e assoberbada
Senda putrefata que enlameia
A moral d’outrora tão ilibada.
Hás de tropear nesse desatino,
Enquanto estiveres adormecido,
Crendo piamente ser teu destino.
És guerreiro cego, ensandecido,
De oitivas moucas e paladino
Num cruel combate, desprotegido.
(EDUARDO MARQUES 28/06/15)