SULISTA COM ORGULHO
 
Não pense que sou fraco ou molengão
Mas a saudade aperta no meu peito
Componho canto e pulo, não tem jeito
A malvada amarga mais que o chimarrão.
 
Para disfarçar, dou uma boa mateada
Me apincho pelos campos de trigais
Vou sentindo o cheiro dos parreirais
Saboreando uma boa marcha troteada,
 
Tenho na minh’alma vastos mistérios
Na palma sofrida nenhum império
Honro a calma, pois sou forte gaudério.
 
Carrego comigo a cuia e o mate
Rego as amizades, nada me abate
 Ego: Os pampas e antigos combates.


Gaudério: Gaúcho de nascença
Mateada: Tomar chimarrão
Apincho: Jogo. Me jogo.