Última Parada

Última Parada

Quando exposta ao caixão tua face álida,

Ó sonho meu, naquela tarde fria,

Morto tu estavas, eu também morria,

Deixando exposta minha face esquálida.

Nada tão triste quão tua alma pálida,

A transformar em trevas pleno dia,

Quando minh'alma também descia

Ao fundo de uma imensa tumba ávida.

Morrem os sonhos, morre a criatura,

O criador também morre e satura

Tudo o quê se fizera em dura lida...

É que disso independe azar ou sorte,

Todos descem à tumba após a morte,

Enterrados são muitos ainda em vida.

Aracaju Sergipe, 15/ 06/ 2016

Um Piauiense Armengador de Versos
Enviado por Um Piauiense Armengador de Versos em 16/07/2016
Código do texto: T5699252
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