Soneto da superação

Quando me cobriu o mar da insegurança

Desci profundo, renovei o fôlego e nadei,

Lancei o corpo inerte à superfície e respirei

E presa em minhas mãos, veio a esperança!

Nos dias maus, acerbo vinho eu degustei,

Comi o prato insalubre da desesperança,

Mas, por não abrir mão da perseverança

Da derrota, o inevitável ardil, sobrepujei!

Não importa quão distante está o objetivo

Se ferrenha é a luta, maior é a obstinação!

E não há reforço melhor que um incentivo

A vida sem desafios só nos traz submissão

Se a desistência é um processo opressivo,

Acreditar e crescer, só faz bem pro coração!

Março/2016