Fênix
Eis que a língua de fogo se arde,
Desde os pés até o mais fundo d’alma.
Quais discípulos, todos sem calma,
No idioma da dor desta tarde,
Num só coro se entregam aos seus,
E nas cinzas confundem os anjos,
Feitos pó de macabros arranjos,
Vão-se em Luz no infinito adeus.
Ficam fotos e fatos passados,
Tantas vidas vividas ao meio,
Outros meios sentidos ao seio,
Outras mães, outros pais, filhos, dados.
Vão na paz que deixamos no amém,
E qual Fênix, renasçam no além.
Às vítimas do acidente com o avião da TAM. Aos familiares, meus pêsames.