Máscara

Pus no meu rosto o melhor do verniz
Segui o modelo dos santos de outrora
Sem saber que do meu pecado aprendiz
Na fronte de Cristo cravava também esporas

Em minha busca pra encontrar um tesouro
Construí mentiras, desprezei verdades,
Colei em minha face máscaras de couro
Acostumei-me a torpes e frágeis vaidades

Mas eis que chegou a hora do enfrentamento
A cola das máscaras perdeu a validade
Percebi o quão falso era o contentamento

Enxerguei-me no espelho da minha realidade
Refletindo a imagem do triste ressentimento
Que de tanto ser preso, desfez minha liberdade.
JANET VITAL
Enviado por JANET VITAL em 08/08/2016
Reeditado em 09/08/2016
Código do texto: T5722668
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