Vírgula

A mais, nestes meus versos de rotina,

Não tenho visto os verbos conjurados,

Quiçá outros ditongos namorados,

E nada em seu papel já me fascina.

Separa, pois palavras sem porquê.

Além do espaço apóstrofo em caminho,

Desune a frase inteira num cadinho,

E pausa a semelhança que se vê.

Porém não finaliza o que separa,

Jamais começa o fogo que ora atiça.

E não é pura, impura e nem mestiça,

Nem símbolo ou palavra, não é rara,

Somente entre um depois de um agora,

Se sente em sua casa e é senhora.