O RICO PUDOR DO POBRE

Distante de ser monge,

O pobre sonha em vão.

Ante o ilusório e o longe,

Vai perdendo a visão.

Seu falar só ecoa,

Se a grana pinta enfim,

Cujo uso é sempre à toa

E curto – o que é ruim!

Cidadão de pudor

Não pode o ser safado

– Com típico fedor!

É visto com louvor

– Batalhador danado

Que explode em puro amor!

Salvador, 2006.

Oswaldo Francisco Martins
Enviado por Oswaldo Francisco Martins em 15/08/2016
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