Dádiva de amor

Lira desleal de ouro fulgente

Na intensa dor do nervo desatado

Vozes e articulação decadente

Em tuas mãos de horror eivado.

Na nossa própria sangria fluente

Da falta de razão do mal brotado

Álgebra limpa da pacífica frente

Matéria da paixão que tem sonhado.

Olho provincial da melancolia

Ativo no ar e no mar que vemos

Cântico da voz sem nenhuma alegria.

Como láurea de flores que queremos

Inimigos do teu amor que foi um dia

Pura afeição sentida que doamos.

DR FLYNN

Dr Flynn
Enviado por Dr Flynn em 20/07/2007
Reeditado em 20/07/2007
Código do texto: T573004