Ad Eternum

Verso meu, texto escrito que deixei,

arranhado de grafite num papel.

Diz: “_Meu mestre, sou teu súdito, meu rei.

Faz-me o bem, não me deixe ser cruel.

Se me amas de paixão, meu criador,

faz-me doce, teu amor de criatura,

e farei encantar teu outro amor,

molharei os olhos dela de ternura.

Verso meu, oxalá seja provável

usurpar tão lindo sorriso dela,

ad eternum, no quadro mais adorável,

imprimi-lo nas cores d’uma aquarela.

Mas que fique no rosto dela, palpável,

livre, solto – qual borboleta amarela.

José Freire Pontes
Enviado por José Freire Pontes em 16/08/2016
Reeditado em 30/04/2018
Código do texto: T5730080
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