As almas da praça
Nós dançávamos na praça
e a cidade dormia.
Quanta luz! Quanta graça!
e a cidade não via.
Quanta luz sem as sombras!
Quantos bares fechados!
É o vento que assombra,
não o nosso bailado.
A cidade dormia,
nosso beijo acordava,
e a cidade não via
almas não separadas,
e era só poesia,
uma praça e mais nada.