Um soneto vivo

Céu azul de esperança em alvas plumas,

Os eflúvios serenos que derramas,

Os sinto essências, mas pra mim são chamas,

As labaredas... Queimam-me, algumas!

Oh natura, a beleza que proclamas,

Agracia-me de modos que avolumas

No meu peito, o farfalhar das escumas,

...E massageiam-me quão fossem flamas!

O ardor atemporal me traz ternura,

Que seja ainda esse amor, amor platônico.

Não guarda a cura sendo amor acrônico!

Na criação o desejo se mistura

Com reciclagem de muitos sobejos

E perdigotos, juntos a mil beijos!

Zé salvador.

S G.02-03-2016.

Zé Salvador
Enviado por Zé Salvador em 19/08/2016
Código do texto: T5733040
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