Alcácer-Quibir

Amália, Camões, versos magoados

Marasmo de Morfeu, que não perdoa

Ascendentes futuros doutros fados

Cantados (Lá menor) em Nau de Goa

No comboio descendente de Pessoa

Um estridente trepidar para quem souber

Que é azul o céu em «Alcácer-Que-Vier»

Está prevista neblina para Lisboa.

Irá permanecer teimosa sem saber:

que a saudade, enfim...é o nosso jeito

E que é vã a tentativa de a vencer.

Mas em gesto inusitado e rarefeito,

Anda turvando olhares, por não querer

Que o mundo nos olhe com respeito.

sfich
Enviado por sfich em 20/08/2016
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