Inóspita Alma

Inóspita Alma

Da gloriosa beleza de outrora

Hoje seca e amargurante

Corre a areia, passa a hora

Morre o riso agonizante

Inóspita alma de agora

Jaz vazia e delirante

Pureza que se foi embora

Resta um mar causticante

E o negro dia atormentador

Mascara as chagas pungentes

Abafa os gritos de dor

As súplicas ditas estridentes

Arrastadas por onde for

Lapso dos eternos dementes

Eduardo Benetti

Eduardo Benetti
Enviado por Eduardo Benetti em 22/08/2016
Código do texto: T5735920
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