O vértice entre o ignóbil e o sublime

Deus mostra-se por vezes intangível,

revela-se-me sempre tão difuso,

que espero em sensações, coisas do uso

ou pura lucidez ver o impossível.

A Sua intelecção já não deduzo,

pois vale mais vivê-Lo, isso é exeqüível.

Por que solucionar o irrespondível

e ver o espírito ainda mais confuso?

Mas como se avizinha aquele manto,

a mão que vem aberta e tão solícita!

O vértice entre o ignóbil e o sublime.

Elo humano que assim me eleva tanto,

da forma como assunta foi. Explícita

se me expõe e toca o Amor que me redime.

Marcel Sepúlveda
Enviado por Marcel Sepúlveda em 05/09/2016
Reeditado em 08/09/2016
Código do texto: T5750841
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