ESPLENDOR DISTANTE
(Sn/53)



Gargalha na porta do templo
Com seu livro, aberto, seu oásis.
Ouve, por certo, milhões de vozes
Sem temor, avança e cala-se por dentro.

Esconde a dor e rasteja na memória,
Diante da cruz dobra seus joelhos.
Repousa a alma em confusa oratória,
A porta se fecha abandonando as estrelas.

Desconhece o momento, sente-se presente
No seu silêncio, em solidão, se nota,
Num casulo com arcanjos e estrelas, triste.

Cercado pela noite seu pranto mudo desce,
No Templo, seu olhar à Cruz permanece
Na face pálida e morna, um tênue raio resplandece.




 
edidanesi
Enviado por edidanesi em 15/09/2016
Código do texto: T5761885
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