ODE À TUA VOZ

Voz suave, mais inebriante que o sibilo das sereias.

Será que suportaria Ulisses este sonido?

Amarrado ao mastro de seu barco, aturdido,

Enlouquecido somente por ouvir o sibilo que estonteia.

Se escutasse tua doce voz, como seria?

Certamente não ficaria aturdido,

Ficaria totalmente embevecido,

E em profundo êxtase entraria.

Tenho mais sorte que Ulisses diante das sereias

Quando ao telefone a voz tua escuto,

Mais suave que o mar espraiando-se na areia,

Ouço tua voz serena e fico inerte.

Imaginando as ninfas gregas cantantes das águas,

Cujas divinas vozes nominaram-nas Euterpes.

27/01/2005

Tadeu Costa
Enviado por Tadeu Costa em 07/10/2005
Código do texto: T57633
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