Desafinado

Meus timbres estão desafinados,

Como a guriatã tirando o choco,

Parece-me um som de um ouvido mouco,

Reproduzindo loa de pés quebrados.

Apenas tristes sons desencontrados,

De cabeça vazia e peito oco,

Que se debatem em grades feito louco,

No manicômio dos apaixonados.

Preciso refazer a simetria,

Modulando a amplitude da alegria,

Na sequência divina do forró...

Eu desafino até batendo palmas,

Na dança ajuntaremos nossas almas,

Na escala: Mi, fá, sol, ré, si, lá, dó.

Aracaju Sergipe, 12/ 11/ 2016

Um Piauiense Armengador de Versos
Enviado por Um Piauiense Armengador de Versos em 17/09/2016
Reeditado em 17/09/2016
Código do texto: T5763520
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