FIO DA VIDA

Não é desse tempo agora, nosso fio da vida,
As Moiras de outrora, outros tempos, o terciam.
Donas das vidas, o fabricar, o tercer, cortar, a ida...
Nada era para sempre, todos no mundo pereciam.

O fuso, que ao torcer cada fio da vida, de deuses e homens,
Enlaçado ao quinhão dos merecimentos, outrora e agora findos...
Não há razão, e a precisão dos tempos, ora determina os fins.
Eis uma questão final, não se sabe deste ou dos três mundos...

Mas, Átropos outrora e agora nunca foi, nem será bem vinda.
Pois, detalhamos nossos desejos, queremos abraçar os mundos...
Nossas vontades, nossos sonhos, são pertences de nossa vida.

Que Cloto não descanse com os sopros de novas vidas...
Que Láquesis não desanime ao tercer os novos sonhos...
Que Tánato, Moros e Queres, não sejam convencidas.


 
Léo Pajeú Léo Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Léo Bargom Leonires em 19/09/2016
Reeditado em 11/09/2017
Código do texto: T5765926
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