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OS CEARENSES [706]
 


Brincando sempre, dão-se à molecagem,
num sentido feliz e mais genérico.
Vão às falas, singrando mar homérico,
à medida que emigram da paisagem.
 

Grandes levas, com jeito periférico,
das rodas sociais já vão à margem;
outros, em fuga à velha malandragem,
de ironias ilustram mundo esférico.
 

Com acidez, embarcam noutra esfera;
além de o rei malharem, num sotaque,
falam
 cearês  do inverso à primavera.
 

Cabeças-chatas bons são bons moleques:
humoristas, pois não, e não de araque,
mofam do sol, sem fundo não dão cheques.
 


Fort., 20/09/2018.

 
Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 20/09/2016
Reeditado em 20/09/2016
Código do texto: T5766733
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