COMEDORES DE TALENTOS.

Minha vastidão está escorregadia...

Pelas veredas que trilho e refaço.

Meu caráter me acalenta.

Clareio-me sempre que deixam.

Para grande maioria sou utopia.

Para outros: Maestria.

E quando o embate esquenta...

Sou a volúpia que deixa a obra.

Sim, deixo a obra que fala por mim.

Sim, eu relego os facciosos ao fim.

E com largueza me abraço...

Um ósculo não se atira

Aos facínoras que digerem...

Os talentosos num círculo vicioso.

Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 27/09/2016
Código do texto: T5773888
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