Soneto do Amor Poético

O poeta ama, por isso suporta

De tão grandes que são seus medos

Elencados no vazio dos desejos

Que mais parece poesia morta.

O poeta ama, por isso transborda

Como julgas ser fruto de meus ensejos

A alegria dos primeiros beijos

Cantado em versos, poesia torta.

O poeta ama, e por isso vive

Pra recordar o amor que tive

Quando criança, alegria triste.

O poeta ama, e por isso morre

De amor escuso, cheiro de alecrim

Fez do poeta um verso sem fim.

Felipe Chaves
Enviado por Felipe Chaves em 29/09/2016
Código do texto: T5776200
Classificação de conteúdo: seguro