MEU OLHAR NORDESTE...

Serei apenas um sertão sem gado

Por onde a terra se rachou ao meio?

Em tudo creio sem nenhum receio

Que cada grão, à terra, abençoado...

Seria então meus olhos um cerrado

De cujas terras do sertão permeio?

Num rio seco, leito, triste seio

Em busca vai do nunca desmatado...

E da caatinga pisarei no agreste

No vento eu vou à direção nordeste

Levando o sentimento meu, fragata...

No pensamento, voa a asa branca

Navego o meu olhar numa carranca

Do "Velho Chico" até a Zona da Mata...

Autor: André Luiz Pinheiro

30/09/2016