A era da solidão

A humanidade, cada vez mais só,

Tropeça no seu próprio egocentrismo.

Não faz ideia de que é o pó do pó

E nada sobra do seu narcisismo.

Não tem benevolência, não tem dó;

Só tem um parco sentimentalismo;

No relacionamento dá um nó

E dá um laço no seu egoísmo.

Segue perdida em seu pequeno espaço;

Cada vez mais distante, mais sintética,

Tentando remoer o seu fracasso.

Em sua atividade “cibernética”,

Vive isolada em seu fatal pedaço,

Em sua caixa-vida tão hermética...

Hélio Cabral Filho
Enviado por Hélio Cabral Filho em 04/10/2016
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