NÃO VENDO A ALMA POÉTICA

Hoje amanheci chorando no meio do caos social

Hoje não cantei, nem pranteei por nenhum mal

Meu choro é de felicidade, fato cheio de raridade

Me fez meditar o que sou: Apenas um poeta

Um alguém que anda com vísceras - esperando a morte

Alguém que vive aquém das superficialidades

Alguém intuído das verdades, e não o tal

Como um equilibrista eu seguro a mão do vento

E como unguento: Leio a vida, e escrevo seu meio

A pena da lei não me faculta justiça: Creio...

Ser apenas um simplório animal, que se faz poeta

Não um produto laboratorial: Fantoche comercial

Não vendo sonetos, nem vendo a alma poética

Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 06/10/2016
Reeditado em 06/10/2016
Código do texto: T5783208
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