Na sepultura de um poeta:

No dia em que eu dormir na cama fria

E abrir meus olhos para a eternidade;

Quando encontrar a única verdade,

Que existe nessa dúbia travessia...

Não sofra com tristeza ou com saudade;

Não fique repisando essa agonia;

Reveja apenas toda a poesia,

Que foi plantada com simplicidade.

Recorde, não somente a despedida,

De quem vagou, voou pelo universo

E sim a sua obra incompreendida.

Relembre alguns anseios tão dispersos,

Nos versos transgressores de uma vida,

De quem viveu a própria vida em versos.

Hélio Cabral Filho
Enviado por Hélio Cabral Filho em 07/10/2016
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