Soneto

SONETO

O vento solfeja algumas notas

As árvores dançam em descompasso

Procuro músicas e suas pautas

Tonta, já nem sei mais o que faço

A tarde mansa e suas cores desfeitas

Impele-me ao sono de um regaço

Coloco gorro, manta, casaco e botas

Abro a porta, saio à rua e dou um passo

Volto correndo ao lar tranquilo e calmo

Busco nas entrelinhas da paisagem

Palavras doces a quem amo

E o poema se desfaz como miragem

Ele não está mais aqui, reclamo

E acabo o soneto numa auto-imagem.

Magda L Carvalho
Enviado por Magda L Carvalho em 08/10/2016
Código do texto: T5785393
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