Soneto à saudade

Se te amei? Como amei... Dos seus olhos remir

A dor, que muito outrora havia lhe maculado

A chama, que brilhava aos olhos e o sentir

Que fui, e havia de ser por ti, em ti, muito amado

Queixaste por eu ser deveras racional

Não soubeste tu quão pudera eu ser sensível,

Meu coração, o qual de um menino, o meu mal

Tanto o quanto frágil, isto era-me possível...

Se te amei... Quanto a amei... e eu sei que não sabia

O quanto há ser, por ser, a ferida fatal

Quando a amava, esse amor teu, tanto me remia...

Pois, nenhum coração se mantém só, eu sei

Não há de ser, em ser, tampouco em si total,

O vazio, essa saudade, eu sei, sei que te amei...

Alexander Herzog
Enviado por Alexander Herzog em 11/10/2016
Reeditado em 11/10/2016
Código do texto: T5787913
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