soneto adverso

observo os servos

da palavra coletando

no mosaico do silêncio

as suas visões gritantes

afago os afogados

espargindo naufrágios entre

os arrecifes do medo

de não (se) partirem da ilha

e trago turvo e tantra

a espontaneidade dos loucos

em sua alegria ilógica

sou nuvem e pedra raio

decúbito dorsal do verso no

contrafluxo de qualquer modelo

Francisco Zebral
Enviado por Francisco Zebral em 18/10/2016
Código do texto: T5795109
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